As memórias de algumas viagens ferroviárias durante a infância, ou a recreação familiar de um avô materno que trabalhou como telegrafista em várias estações ferroviárias em San Luis Potosí, são elementos que podem explicar, em parte, um interesse emocional pelo tema ferroviário; no entanto, há mais razões.A primeira surge ao considerar o caminho-de-ferro como um elemento transcendental no passado do México e do mundo, especialmente em termos dos processos de desenvolvimento do capitalismo e da industrialização, analisando-o como uma das partes mais importantes dos processos históricos que tratavam da aplicação do capital à tecnologia do transporte local e regional, tanto de insumos e mercadorias como de pessoas.O segundo, que surge de um confronto à distância, e do nosso presente, onde o caminho-de-ferro representa um testemunho material de civilização e modernidade, manifestado no discurso e na acção do Estado e da sociedade. E a última, que tem origem na observação dos produtos culturais antes e depois do desenvolvimento do caminho-de-ferro, entre eles a arquitectura e o ambiente construído, da rusticidade à modernidade.

Mexican architect, historian and sociologist with more than twenty-five years of experience in the safeguarding of tangible cultural heritage, working in the public sector within the National Institute of Anthropology and History, in addition to the fields of teaching, research and dissemination, with national and international recognition.