Platão de Atenas (seu verdadeiro nome era Aristocles) viveu aproximadamente entre 427 e 347 a.C. Seu interesse pela filosofia se manifestou cedo, e tudo indica que foi motivado particularmente por Heráclito de Éfeso. É bastante provável que tenha se enfronhado profundamente no pensamento pré-socrático - sendo discípulo de Heráclito, Crátilo, Euclides de Megara - e, especialmente, na filosofia da Escola itálica. Entretanto, é inegável que o encontro com Sócrates representou o clímax de seu aprendizado. Em 385 a.C., Platão estabeleceu sua própria Escola no horto de Academos, para onde começaram a afluir os intelectos mais brilhantes e promissores da Grécia, entre eles Aristóteles de Estagira.
Edson Bini é um consagrado tradutor, sendo esta sua atividade principal há mais de 40 anos. Nasceu em São Paulo, em 2 de dezembro de 1946. O primeiro livro que leu foi O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas. Aos 12 anos se apaixonou por filosofia quando leu pela primeira vez Platão. Estudou filosofia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e seu interesse inicial pela língua grega foi despertado nas primeiras aulas do professor José Cavalcante de Souza (doutor em língua e literatura gregas) quando ele escrevia fragmentos dos pré-socráticos em grego no quadro negro. Nesta época, década de 70, iniciou sua atividade como tradutor e redator, além de se dedicar ao estudo da história das religiões. Trabalhou com o jornalista e escritor Ignácio de Loyola Brandão. Realizou dezenas de traduções nas áreas da filosofia, inclusive filosofia do direito, para as editoras Hemus, Ícone, Martins Fontes, Landy, Loyola e, há cerca de 20 anos, é tradutor da Edipro, ocupando-se principalmente da tradução anotada, de cunho marcantemente didático e formativo, de grandes obras da filosofia grega antiga, embora haja também trazido para nosso vernáculo autores como Maquiavel, Kant, Montesquieu, Nietzsche, Rousseau, Bacon e Descartes. Dedicando-se, sobretudo, à tradução anotada durante este período, seu trabalho que ganhou maior notoriedade foi a tradução das obras completas de Platão e, na sequência, das obras de Aristóteles.
Dalmo de Abreu Dallari (Serra Negra, 31 de dezembro de 1931) foi Jurista, Professor Emérito da Faculdade de Direito da USP, e autor, entre outros, de Elementos de Teoria Geral do Estado. Formou-se em direito pela Universidade de São Paulo em 1957. Foi aprovado, em 1963, no concurso para livre-docente em Teoria Geral do Estado na USP, e no ano seguinte passou a integrar o corpo docente dessa universidade. Após o golpe de 1964, passou a fazer oposição ao regime militar. A partir de 1972, ajudou a organizar a Comissão Pontifícia de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, ativa na defesa dos Direitos Humanos. Em 1974, venceu o concurso de títulos e provas para professor titular de Teoria Geral do Estado. Foi diretor da Faculdade de Direito da USP de 1986 até 1990. Na sua gestão, foi iniciada a construção do prédio anexo da Faculdade. Foi secretário dos Negócios Jurídicos da Prefeitura do Município de São Paulo de 1990 a 1992, na gestão da prefeita Luiza Erundina. Aposentou-se da USP em 2001.
Alfred Weber (1868-1958) foi um economista alemão, sociólogo e teórico da cultura. Alfred Weber foi irmão de Max Weber, um outro sociólogo, ainda mais influente.
Este é o último Diálogo de autoria indiscutível de Platão. E o mais extenso e abrangente de todos os textos do mestre da Academia.
As Leis representa um dos mais valiosos registros de cunho jurídico de toda a história do pensamento ocidental.
A riqueza e a profundidade de sua temática, exaltadas pela extrema maturidade filosófica que exibe, tornam este livro uma obra indispensável para os estudantes e estudiosos do direito, da filosofia e das demais ciências humanas.
Além de prefaciada pelo jurista e prof. Dalmo de Abreu Dallari, esta edição inclui dados biográficos e cronológicos de Platão e sua obra, além de um adendo sobre Protágoras, de autoria do prof. Alfred Weber, que apresenta os fundamentos do pensamento sofista e sua expressiva importância na história da filosofia.
O presente volume inclui a numeração da edição referencial de Stephanus, de 1578, entremeada ao texto.