Um dos textos filosóficos mais lidos de todos os tempos,este clássico de Platão - extraído de sua obra A República - que narra um diálogo entre o irmão de Platão, Gláucon, e Sócrates, seu mentor, é um convite à permanente reflexão.
Sua atualidade e relevância justificam-se por inspirar o resgate de valores fundamentais para a formulação do senso crítico, despertando a consciência político-filosófica tão necessária nos dias atuais.
Uma obra de formação intelectual que explica como podemos nos libertar da escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.
Aqui Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.
Sua leitura contribui para o engrandecimento pessoal dos jovens e inspira todos os leitores a atuarem como seres sociais conscientes da necessidade de esclarecimento de todos os demais.
Em rigor, pouco se sabe de absolutamente certo sobre a vida de Platão. Platão de Atenas (seu verdadeiro nome era Aristocles) viveu aproximadamente entre 427 e 347 a.C. De linhagem ilustre e membro de uma rica família da Messênia (descendente de Codro e de Sólon), usufruiu da educação e das facilidades que o dinheiro e o prestígio de uma respeitada família aristocrática propiciavam. Seu interesse pela filosofia se manifestou cedo, e tudo indica que foi motivado particularmente por Heráclito de Éfeso, chamado O Obscuro, que floresceu pelo fim do século VI a.C. É bastante provável que, durante toda a juventude e até os 42 anos, tenha se enfronhado profundamente no pensamento pré-socrático - sendo discípulo de Heráclito, Crátilo, Euclides de Megara (por meio de quem conheceu as ideias de Parmênides de Eleia) - e, muito especialmente, na filosofia da Escola itálica. Entretanto, é inegável que o encontro com Sócrates, sua antítese socioeconômica (Sócrates de Atenas pertencia a uma família modesta de artesãos), na efervescência cultural de então, representou o clímax de seu aprendizado, adicionando o ingrediente definitivo ao cadinho do qual emergiria o corpo de pensamento independente e original de um filósofo que, ao lado de Aristóteles, jamais deixou de iluminar a humanidade ao longo de quase 24 séculos. Em 385 a.C., Platão, apoiado (inclusive financeiramente) pelos amigos, estabeleceu sua própria Escola no horto de Academos, para onde começaram a afluir os intelectos mais brilhantes e promissores da Grécia, entre eles Aristóteles de Estagira, que chegou a Atenas em 367 com 18 anos. Platão morreu aos 80 ou 81 anos, provavelmente em 347 a.C. - dizem - serenamente, quase que em continuidade a um sono tranquilo.
Edson Bini é um consagrado e produtivo tradutor, sendo esta sua atividade principal há mais de 40 anos. Nasceu em São Paulo, em 02 de dezembro de 1946. O primeiro livro que leu na vida foi O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas. Aos 12 anos se apaixonou por filosofia quando leu pela primeira vez Platão. Estudou filosofia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e seu interesse inicial pela língua grega foi despertado nas primeiras aulas do professor José Cavalcante de Souza (doutor em língua e literatura gregas) quando ele escrevia fragmentos dos pré-socráticos em grego no quadro negro. Nesta época, década de 70, iniciou sua atividade como tradutor e redator, além de se dedicar ao estudo da história das religiões. Trabalhou com o jornalista e escritor Ignácio de Loyola Brandão. Realizou dezenas de traduções nas áreas da filosofia, inclusive filosofia do direito, para as editoras Hemus, Ícone, Martins Fontes, Landy, Loyola e há quase 20 anos é tradutor da Edipro, ocupando-se principalmente da tradução anotada, de cunho marcantemente didático e formativo, de grandes obras da filosofia grega antiga, embora haja também trazido para nosso vernáculo, autores como Maquiavel, Kant, Montesquieu, Nietzsche, Rousseau, Bacon e Descartes. Dedicando-se, sobretudo, à tradução anotada durante este período, seu trabalho que ganhou maior notoriedade foi a tradução das obras completas de Platão e na sequência obras de Aristóteles.